terça-feira, 2 de junho de 2009

FRANÇA ANOS 60/ BAUHAUS

A sociedade, ao longo dos tempos, tem se esforçado por evoluir em vários aspectos. Jacques Tati foi um cineasta sempre atento à evolução social, aproveitando este tema para os seus filmes hilariantes. “Play Time” é um exemplo disto. Realizado nos anos 60, mais precisamente em 1967, “Play Time” tem como história a ida de um grupo de turistas americanos a Paris. No entretanto das peripécias já características de Tati, os americanos encontram o Sr.Hulot (interpretado por Jacques Tati). A personagem principal é o Senhor Hulot, uma personagem burlesca, caracterizada pelo seu cachimbo, gabardine e chapéu. Senhor Hulot é uma personagem cómica por excelência. Tati faz questão de inserir anotações cómicas onde menos se espera ao longo da longa-metragem.

“Play Time” faz, de um modo singelo, uma sátira à sociedade dos anos 60, mais especificamente à sociedade parisiense. A arquitectura e o design moderno eram quase uma obsessão no “hexágono”. França era um país próspero e Paris uma cidade acelerada e em fase de adaptação aos tempos modernos, recebendo interferências da escola de design Bauhaus.

Surgindo em 1919, a Bauhaus foi um dos principais marcos mundiais a nível do design, revolucionando a maneira de ver o “design”. A partir de então, o design passou a ser visto como a união entre a arte e a técnica, defendida pelo seu fundador Walter gropius. Na escola projectavam-se objectos com características inovadoras, formas simples, cores planas. Havia agora preocupação com a reprodução dos objectos, começando nos primórdios do projecto. As peças que compunham estes eram estandardizadas, conferindo aos objectos um menor custo. A melhor definição da “casa de construção” (o que quer dizer Bauhaus) é dada pelo próprio fundador “O objectivo final de todas as artes visuais é a construção total…Concebamos e criemos juntos o novo edifício do futuro que abraçará a arquitectura, escultura e pintura numa só unidade.”

Na década da minissaia, do psicadélico e da Pop Arte, a França era um país favorável, o que permitiu um grande avanço tecnológico. Predominavam assim as linhas direitas, a simplicidade de formas, as transparências nos edifícios. No filme “Play Time”, Tati pretende fazer-nos pensar nos valores do design moderno, colocando este em controvérsia.

Inês Leão para Teoria do Design






1 comentário:

  1. vamos atulizar isso..

    bem rosinha.. a cara de vocês

    mas precisamos chegar logo em 2009 e as teorias do design aplicadas hj...

    madem ve....

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